Por outro lado, as bibliotecas podem caminhar em uma direção semelhante à da museologia, ou seja, cada vez mais importa a arquitetura, a experiência espacial, a promoção de cursos, debates e apresentações, até mesmo lojas e sistemas de suporte, como bancos e restaurantes.
A biblioteca não sobreviverá se não evoluir para uma espécie de espaço de convivência. O que Hal Foster chamou de complexo arte-arquitetura poderia encontrar um equivalente em um complexo saber-biblioteconomia. Isso significa que os processos formais, de certificação, indexação, normatização e padronização bibliográficas tenderão a se resolver pela interveniência de processos ligados a inteligência rtificial, liberando esforços e atenção para a promoção ativa de encontros.
Costuma-se separar os millennials (geração Y), nascidos entre 1980 e 1994, da geração Z, nascidos entre 1995 e 2015, que compreendem massivamente os atuais alunos de graduação. Os nativos digitais da geração Z são tidos como práticos, realistas, tolerantes, ativistas, avessos a rótulos, adeptos da acessibilidade e simplicidade, desejosos de construir um mundo melhor.
Os millenials, hoje entre 26 e 40 anos de idade, situam-se mais provavelmente entre os pós-graduandos. Eles cresceram em uma situação de forte violação de expectativas. Apesar de ganhar mais do que as gerações anteriores, a sua expectativa de ganhos e de satisfação com o trabalho é permanentemente rebaixada pela realidade. As promessas da aceleração digital, facilidade no controle da vida doméstica e realizações aquisicionais não se cumpriram, fazendo desta geração, ao contrário da geração Z, mais inclinadas a incorporar o espírito de produtivismo acadêmico.
Uma comparação possível pode ajudar a entender o choque de gerações entre os usuários de nossas bibliotecas universitárias [2] :
Geração Y (Millennials)