A pesquisa astronômica nos últimos anos deu um salto gigantesco. Com a criação de novas tecnologias de detecção, as ferramentas que usamos para observar o universo se tornaram extremamente poderosas. Entre as descobertas, estão galáxias, nebulosas e planetas, muitos planetas. Mas o quão grande pode ser um planeta? E qual o maior planeta do universo já detectado?
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Primeiramente é preciso entender o que é um planeta. A União astronômica Internacional, classifica planetas como qualquer corpo celeste que orbita uma estrela, possui formato esférico provocado por sua própria gravidade e que está sozinho em sua órbita. Planetas normalmente se originam a partir de discos protoplanetários, aglomerados de gases e matéria que “sobram” após a formação de uma estrela.
Esses materiais possuem massas variadas e passam a se aglomerar devido à sua própria gravidade, em um processo chamado acreção. A medida em que os corpos vão se unindo, eles passam a formar protoplanetas. Durante o estado de protoplaneta, os que se encontram mais próximos do sol tem seus materiais voláteis como água e hidrogênio evaporados, esses formam uma atmosfera, enquanto metais e silicatos se aglomeram e formam sua superfície.
Já os planetas mais distantes da estrela principal do sistema planetário sofrem um o processo diferente. Devido à menor radiação da estrela, seus materiais como hidrogênio e hélio se condensam, formando uma atmosfera gasosa que não necessariamente possui uma superfície, mas sim um núcleo duro teoricamente formado por metais e rochas e muito hidrogênio, tão comprimido pela pressão da gravidade que se torna sólido e absurdamente quente.
Qual o maior planeta do universo?
Devido à maneira como são formados, os planetas rochosos tendem a ser muito menores do que seus irmãos gasosos. Até 2020 se acreditava que um planeta rochoso só pode crescer um pouco mais do que o nosso planeta Terra. As chamadas super-terras seriam planetas rochosos com no máximo duas vezes o tamanho do nosso. Porém, a descoberta de TOI-849b, um exoplaneta orbitando uma estrela a 730 anos-luz da terra, transformou tudo o que se sabia sobre a formação de planetas rochosos.
Com quatro vezes o tamanho da terra, TOI-849b desafia a teoria de formação planetária, acredita-se que o planeta seja o núcleo sólido de algum gigante gasoso que falhou em se formar e colapsou sobre si. Mas mesmo sendo tão grande, o gigante rochoso não passa nem perto do tamanho do maior planeta do nosso sistema solar. Com 318 vezes a massa da terra, Júpiter é nosso principal gigante gasoso.
Porém, Júpiter não se aproxima nem de longe do maior titã já descoberto pela ciência. Com uma massa nove vezes maior que nosso irmão solar, o exoplaneta ROXs 42Bb é hoje o maior planeta conhecido em todo o universo. Orbitando a estrela ROXs-42B, o gigante gasoso leva 1968,3 anos para completar uma volta completa ao redor da estrela e foi detectado em 2013 pela equipe da astrônoma Thayne Currie, que é professora associada de física e astronomia na Universidade do Texas – San Antonio.
Mas a busca por novos exoplanetas não parou com a descoberta do maior planeta do universo até então. Novos candidatos surgem todos os dias e com o lançamento do telescópio espacial James Webb, projetado para buscar por planetas fora do sistema solar, nós só podemos aguardar pelas novas descobertas de outros gigantes espaciais por aí.