Imagens de telescópio mais caro do mundo desafiam a formação de galáxias

Esses objetos são muito mais massivos do que qualquer um esperava, disse, em comunicado de imprensa, o astrofísico Joel Leja, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, autor principal do estudo.

“Tínhamos expectativa de encontrar apenas galáxias bebês, pequenas e jovens, nesse período, mas descobrimos galáxias tão maduras como a nossa no que anteriormente se entendia ser o alvorecer do Universo.”

Diferentemente das belas imagens de outros corpos celestes flagrados pelo James Webb, que exibiam impressionante riqueza de detalhes estéticos, os registros dessas galáxias primordiais não passam de pontos desfocados colorizados em tom avermelhado para terem algum destaque. São uma decepção para os olhos, mas não para os pesquisadores.

Nunca galáxias tão desenvolvidas, que parecem se encontrar fora de seu tempo e espaço habituais, tinham sido observadas na infância do Universo.

Essa não foi uma discrepância menor. A descoberta é como encontrar pais e seus filhos no mesmo momento de uma história em que os avós ainda são crianças, escreveram, em um artigo de opinião em setembro no jornal norte-americano The New York Times, o físico teórico brasileiro Marcelo Gleiser, do Dartmouth College, e o astrofísico Adam

Frank, da Universidade de Rochester. No comentário, ambos, que não participam dos estudos iniciais com dados do James Webb, dizem que as novas informações fornecidas pelo supertelescópio, ao lado de outras questões pendentes, podem levar a uma revisão da cosmologia.


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