É um cachorro? É um gato? É um coelho? Não, é apenas um aspirador robô, que circula pela casa limpando tudo. Cuidado para não pisar no… Augusto, Carla, Marinete. Está estranhando? Pois agora os desejados robozinhos fazem parte do núcleo familiar de algumas pessoas.
A estudante Beatriz Libardi, de Vitória (ES), deu nome à tecnologia de Aspirante Marinete. Ela contou que ganhou o “bichinho” de presente de casamento e uso-o todos os dias pela manhã, sempre às 9h. Desde então, Aspirante se transformou em um pet e é até amigo da cadelinha que ela tem.
“Colocamos o nome, porque ele funciona por controle de voz e achamos mais divertido chamar pelo nome do que simplesmente de ‘robô aspirador'”, diz, aos risos.
Beatriz diz que sentiria uma grande perda caso, em algum momento, ficasse sem ele. Afinal, ele está lá, todos os dias, circulando pela casa. Mas não é só isso. “Dois dias já são o suficiente para termos certeza de que seria muito difícil voltar à rotina sem ele. Trabalha tão bem quanto um aspirador convencional e quase não ocupa nosso tempo. O chão sempre está limpinho”, conta.
O período de isolamento social fez disparar a busca por esses aspiradores. Segundo a consultoria Gfk, em abril de 2020, a alta foi de 802% nas compras do aparelho, na comparação com o mesmo mês de 2019. No ano, o aumento foi de 375%.
Entre janeiro a julho deste ano, o faturamento bateu R$ 133 milhões, antes R$ 60 milhões em 2020 e quase R$ 12 milhões em 2019. Em dois anos, o crescimento foi de 1000%.
E os preços também caíram: atualmente estão em média R$ 802,95, contra R$ 842,75 do ano passado e R$ 970,23 do ano anterior.
Rose, é você?
Logo que o estudante Mauro Rodrigues Ferreira, no Rio de Janeiro, comprou um aspirador robô, há 2 meses, lembrou da Rose, a robô também aspiradora de pó do desenho animado “Jetsons”. Assim, resolveu dar um nome para o aparelho: Alfred.
“Não vou negar que às vezes a gente fica seguindo o Alfred por aí para ver o que ele anda fazendo”, conta ele, rindo. “Acho que hoje a gente não consegue viver mais sem ele, porque é uma mão na roda e já somos levemente afeiçoados.”
Mauro também diz que foi logo na primeira semana de uso que o apego começou. “O robô acabou se tornando indispensável aqui para casa e passamos a ‘zelar’ mais por ele”.
Voz de pet
Esse cuidado todo faz sentido. O analista de comércio exterior, Nicolas Teixeira, também do Rio, lembra a tristeza que foi ver o aspirador, que custou caro, dando problema.
“Fiquei muito chateado. Além de ter investido um dinheiro, minha rotina de limpeza dependia dele. Mas, no dia seguinte, consegui contatar a assistência, e a tristeza virou a ansiedade de ter meu robô de volta”, diz. “Volta e meia estou falando com ele com a voz de pet”, conta ele sobre a relação com o “bichinho”.
A publicitária Karine Dias, de Brasília, é outra que tem apego pelo robô aspirador que tem em casa. Ela sonhava em ter um há bastante tempo, mas só recentemente conseguiu comprar um do jeito que queria. Assim apareceu Robson, um nome que Karine considera “muito alegre”.
“Assim como um pet, ele anda pela casa para lá e para cá, às vezes derrubando as coisas, inclusive. É difícil não achar que é um ser vivo, sabe?”, diz.
Ela conta que o nome foi algo trazido pela Alexa. “Seria estranho ouvir uma voz e não querer chamar como chamamos uma pessoa”, afirma. E assim, o robô vai virando “da família”.
Se um dia ele “morrer”, ela diz que ficará “chateada a ponto de não nomear o próximo com o mesmo nome”. “E eu tenho certo apego com meus eletrônicos, porque me trazem alegria no dia a dia. Não tê-lo andando pra lá e pra cá faria falta”.
Nós comparamos
Na segunda edição do Tilt Lab Day, testamos quatro aspiradores robôs: um da Wap, um da Samsung, um da iRobot e um da Multilaser. Eles tinham diferentes preços e funcionalidades, mas o modelo da Samsung venceu como o melhor. O da iRobot levou na categoria melhor custo-benefício.
Confira como cada aparelho se saiu em cada quesito e tire suas dúvidas na live abaixo:
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