Djokovic vence Ruud e conquista o título em Roland Garros


O sérvio Novak Djokovic (terceiro do ranking da ATP) se sagrou tricampeão de Roland Garros ao derrotar o norueguês Casper Ruud (quarto) na final deste domingo (11).


Ele se tornou o primeiro tenista a alcançar a marca de 23 torneios de Grand Slam, quebrando o empate que mantinha com o espanhol Rafael Nadal. O sérvio, que havia vencido o tradicional torneio parisiense em 2016 e 2021, venceu Ruud com parciais de 7-6 (7/1), 6-3 e 7-5, em três horas e 13 minutos.






Aos 36 anos, ninguém tem uma galeria de troféus tão vasta no mundo do tênis: ‘Djoko’ se tornou o único tenista a ter vencido todos os Grand Slams em pelo menos três ocasiões e na segunda-feira vai recuperar o número 1 do ranking da ATP; com isso, estenderá para 388 semanas seu recorde no topo.



Djoko supera Nadal


Sua terceira Copa dos Mosqueteiros, nas quadras em que Nadal tem uma estátua devido aos seus 14 troféus, permite que desempate em Grand Slams na disputa que tem com o espanhol. Com Roger Federer — 20 majors — aposentado e Nadal de licença para se recuperar de lesões e se aposentar do circuito após uma última temporada em 2024, Djokovic pode ter dado o golpe definitivo.


Em uma tarde quente na capital francesa, sua coroação foi acompanhada de seu “camarote” por Tom Brady, considerado o melhor jogador da história do futebol americano. O craque francês do PSG Kylian Mbappé e o recém-aposentado sueco Zlatan Ibrahimovic também marcaram presença.



A resistência de Ruud, finalista pelo segundo ano consecutivo, terminou com a hora e 21 minutos que o primeiro set durou. Djokovic o puniu no tie-break, e o norueguês não conseguiu mais se levantar do golpe.


Seu início de jogo havia sido impecável, sem os nervos que o paralisaram na final do ano passado contra Rafael Nadal. Um jogo em branco no saque e em seguida uma quebra, a única que conseguiu na partida, abrindo 2-0.


Djokovic parecia desorientado após as espetaculares ovações que a Philippe-Chatrier lhe dedicou antes do início do jogo. Ao longo do torneio, seu menor gesto de irritação lhe rendia vaias por parte do público.


O rei dos tie-breaks


Ele entrou na quadra quase surpreso. Mas, com o passar dos minutos, mostrou que ninguém se agarra ao jogo como ele e aos poucos foi encontrando brechas na solidez de Ruud. Cirúrgico, Djokovic conseguiu seu primeiro break-point, e o duelo foi para o tie-break.


Então apareceu o rei dos tie-breaks, o alienígena que sai de Roland Garros sem ter cometido um único erro não forçado nos seis tie-breaks que disputou no torneio, para deixar Ruud abalado.


O norueguês havia decorado perfeitamente o roteiro de que precisava para ter alguma chance: um jogo variado com sua direita poderosa e coragem para o resto. Mas Djoko parece ter uma engrenagem a mais que ele só aciona quando os jogos chegam aos tie-breaks.


Após o choque de realidade, Ruud ficou em desvantagem de 3-0 no segundo set. A partida não teve muito mais dramas, e Djokovic caminhou firme rumo ao seu encontro com a história. Deitado no saibro parisiense, ele saboreou sua ascensão aos céus do tênis.



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