Mussum foi fundamental para popularizar o banjo nas rodas de samba?




Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, até hoje é lembrado com carinho pelos fãs, quase 30 anos após a morte. Humorista, ator, músico, ele foi um dos quatro integrantes do eterno Os Trapalhões, humorístico brasileiro de sucesso, que marcou gerações nos anos 1960. O que muitos admiradores não sabem, porém, é que além de brilhar nas telinhas e no cinema, Mussum foi responsável por renovar a sonoridade do samba.





Antes de se arriscar como ator, o artista fez parte do grupo Originais do Samba. Ao longo da carreira na música com a banda, ele viajou em turnê para fora do país e fez shows nos Estados Unidos e na Europa. Em uma dessas viagens no exterior, Mussum conheceu o banjo e decidiu trazer o instrumento ao Brasil. 


Segundo a biografia do artista, Mussum Forévis – Samba, Mé e Trapalhões (2014), escrita por Juliano Barreto, ele teve a ideia de adaptar o corpo do banjo ao braço do cavaquinho e tirar uma corda — o banjo tradicional americano tem cinco cordas e o brasileiro só quatro — para poder aumentar o som do instrumento. 


Mussum não agiu sozinho e contou com o apoio de Almir Guineto, que também integrou os Originais do Samba — o músico morreu aos 70 anos, em maio de 2017.


Com o tempo, o banjo se popularizou, por conta do som mais alto e grave, e se tornou fundamental para o gênero musical. Sambistas como Xande de Pilares, Péricles, Dudu Nobre passaram a tocar o instrumento nas rodas de samba de partido-alto e se tornaram referências.


Estrela de documentário: veja algumas curiosidades da carreira de Mussum





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