Olhamos pro céu à noite e quem está lá? A Lua, claro. O nosso satélite natural causa atração e admiração da humanidade desde tempos remotos, mas existem muitos fatos que a maioria de nós desconhece sobre nossa companheira.
Confira 15 deles:
1. Se a Terra fosse do tamanho de uma bola de basquete, a Lua teria o tamanho de uma bola de tênis.
Segundo o site Business Insider, a definição é baseada na escala de tamanho entre os objetos. Nessa mesma escala, a distância da Terra para a Lua seria de 23 pés e 9 polegadas, segundo a Nasa.
2. A Lua está a 30 Terras de distância da Terra.
A distância da Lua para a Terra difere porque nosso satélite não orbita em um círculo perfeito. Mas, em média, daria para encaixar 30 Terras entre a Terra real e a Lua.
Qual o tamanho da Terra perto do resto do Universo? Confira estas comparações
1 / 18
A Terra pode parecer enorme quando vista por um astronauta de uma nave espacial em sua órbita, mas bastam algumas comparações com outros astros e formações do espaço para que nos sintamos bem pequenos. Confira a seguir qual o tamanho do nosso planeta perto de outros elementos do espaço… E surpreenda-se!
Wikimedia
2 / 18
Na distância Terra-Lua cabem todos os planetas? “Não, mas quase! A distância média Terra-Lua é de aproximadamente 384 mil km”, diz o físico Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP (Universidade de São Paulo). Veja na próxima imagem o que aconteceria se tentássemos encaixar os planetas do Sistema Solar nesse espaço
Wikimedia
3 / 18
Somando o diâmetro aproximado dos quatro planetas gasosos gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) com o dos quatro planetas com superfícies terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) temos, nesta ordem: 143 mil km + 120 mil km + 51 mil km + 49 mil km + 4,9 mil km + 12,1 mil km + 12,8 mil km + 6,8 mil km = 398,6 mil km. Ou seja, um pouquinho mais que a distância média Terra-Lua, que segundo o físico Roberto Costa, tem aproximadamente 384 mil km
woahdude/reddit
4 / 18
Sabe quantas Terras cabem nos anéis de Saturno? Quase seis! Segundo o físico Roberto Costa, os anéis se estendem na distância de 7.000 a 80 mil km da superfície do planeta, portanto possuem 72 mil km de largura. Como a Terra tem 12,8 mil km de diâmetro, daria para colocar 5,6 terras nesse espaço
Nasa/astronomycentral.co.uk
5 / 18
O Sol é enorme mesmo? Quando estamos deitados na praia, curtindo o calor e pegando um bronzeado, nem parece ser assim tão grande… Mas acredite: ele tem 1,4 milhões de quilômetros de diâmetro. Isso equivale a 3,5 vezes a soma dos diâmetros de todos os planetas do Sistema Solar
Wikimedia
6 / 18
Como ficaria o Sol ao lado da maior estrela já descoberta, a UY Scuti, que tem 2,38 bilhões de km de diâmetro? “Se fosse colocada onde está o Sol, ela encheria todo o sistema solar até a órbita de Urano”, explica o físico Roberto Costa. “Fazendo uma analogia com números menores, isso significa que se o Sol tivesse 10 cm de diâmetro (o tamanho de uma maçã grande), ela teria 170 metros de diâmetro, maior que um estádio de futebol”
en.es-static.us/Arte UOL
7 / 18
Você acredita que existem mais estrelas no céu do que grãos de areia em todas as praias? De acordo com os cálculos do físico Roberto Costa, devem existir aproximadamente 700 trilhões de m³ de areia nas praias da Terra, algo como 5 sextilhões de grãos. “Isso é o algarismo ‘5’ seguido por 21 zeros”, explica o professor. “O número de estrelas também pode ser apenas estimado: em nossa galáxia, a Via Láctea, existem de 200 bilhões a 400 bilhões de estrelas. Estimando o número total de galáxias em 100 bilhões (mas talvez seja muito mais, talvez 500 bilhões!), tem-se no mínimo 10 sextilhões de estrelas, mas talvez chegue a 100 sextilhões! Portanto existem mais estrelas no universo do que grãos de areia na Terra”
Wikimedia/Arte UOL
8 / 18
Quanto enxergamos da Via Láctea quando olhamos para o céu? A olho nu vemos apenas as estrelas mais próximas, que estão a poucas centenas de anos-luz de nós (círculo em destaque na imagem). Estruturas maiores e mais distantes também podem ser vistas facilmente, sem ajuda de aparelhos, desde que sejam observadas a partir de lugares sem iluminação artificial e em noites sem lua. “Alguns exemplos são a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães, galáxias-satélite da nossa que estão a cerca de 150 mil anos-luz de distância. Ou então a galáxia de Andrômeda, que está a 2,5 milhões de anos-luz”, explica o especialista em astronomia Roberto Costa. De qualquer forma, o que vemos é uma parte ínfima da galáxia
Wikimedia/Arte UOL
9 / 18
E como ficaria a Via Láctea ao lado da maior galáxia que existe? Eis a razão concreta para você se sentir realmente pequeno diante do Universo: o diâmetro da maior galáxia conhecida, a IC1101, é 60 vezes maior que o da Via Láctea –6 milhões de anos-luz contra 100 mil da nossa. A maior galáxia abriga cerca de 100 trilhões de estrelas, enquanto a Via Láctea tem de 200 bilhões a 400 bilhões
cdn1.qcmeme.ca/Arte UOL
10 / 18
Que tamanho tem um buraco negro perto da Terra? São gigantescos! Sabemos que buracos negros são corpos celestes de massa muito grande para o espaço que ocupam, com campo gravitacional gigantesco capaz de engolir galáxias e de onde nem a luz pode escapar. Sendo assim, por não refletirem nada, eles são invisíveis. O que os cientistas conseguem detectar são os chamados horizontes de eventos, aquilo que gravita ao seu redor. “Os buracos negros supermassivos, como o que existe no centro da Via Láctea, tem horizonte de eventos imenso devido à sua enorme massa”, diz o físico Roberto Campos. Na imagem, vemos um desses ralos gigantes, encontrado no centro da galáxia NGC 1217, comparado com as órbitas da Terra e de Netuno. Caso fosse possível, a luz demoraria quatro dias para atravessá-lo, contra 17 minutos-luz da órbita da Terra
Arte/UOL
11 / 18
Já parou para pensar? Se viajássemos para bem longe, o que veríamos pelo caminho? Descubra na próxima imagem!
Wikimedia/Arte UOL
12 / 18
À medida que nos afastássemos da Terra (ponto vermelho na imagem), teríamos primeiro uma visão panorâmica do Sistema Solar inteiro –que você conhece bem: Sol, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, além de planetas anões, como Plutão, e objetos menores
Wikimedia/Arte UOL
13 / 18
Depois, veríamos as estrelas da vizinhança solar (foto) e o braço da Via Láctea onde está o nosso Sol, chamado Órion
Wikimedia/Arte UOL
14 / 18
Passando Órion, veríamos então a Via Láctea inteira e suas centenas de bilhões de estrelas. O ponto vermelho na imagem mostra o nosso Sistema Solar
Wikimedia/Arte UOL
15 / 18
Longe da Via Láctea (o ponto vermelho na imagem), passaríamos por mais de cinquenta galáxias próximas, como as Nuvens de Magalhães, a Andrômeda e as galáxias do chamado ‘Grupo Local’, que são cerca de 30. A maioria é de galáxias anãs
Wikimedia/Arte UOL
16 / 18
No final da viagem, veríamos a estrutura em larga escala do Universo (com a Terra no centro, marcada pelo ponto vermelho) e todo objeto cujo sinal emitido em algum momento depois do Big Bang tenha nos alcançado agora. Mas poderíamos ver o Big Bang? “Negativo”, diz o físico Roberto Costa. “No início, o Universo era opaco devido à alta densidade de matéria e de energia. Os fótons não se deslocavam a grandes distâncias. E mais tarde não existiam estrelas. É o período chamado ‘dark age’. Apenas quando as primeiras estrelas começaram a se formar é que houve produção de fótons que viajam pelo espaço e podem ser vistos hoje”,explica
Wikimedia/Arte UOL
17 / 18
Eis o percurso completo da nossa viagem imaginária
Wikimedia/Arte UOL
18 / 18
Parece muita coisa, não é? Mas saiba que a matéria, tal qual a conhecemos (formada por prótons, nêutrons e elétrons), representa apenas 4% do total de massa do Universo. Os outros 96% são formados por matéria escura e energia escura. Nem uma nem outra é visível ou pode ser detectada por telescópios
Arte UOL
3. Os efeitos das Luas nas marés está diminuindo a velocidade de rotação da Terra.
A Lua exerce uma influência na Terra que é parcialmente responsável pelo fluxo e refluxo das marés.
O físico George Darwin (filho de Charles Darwin) descobriu que a maneira como a gravidade da Lua puxa a água terrestre está diminuindo a rotação da Terra. Nossos dias ficam mais longos por cerca de 0,002 segundos a cada século.
4. A Lua se formou provavelmente há 4,5 bilhões de anos.
Nossa companheira é mais jovem do que a Terra, mas também não é nada novinha. Acredita-se que a Lua foi criada após um objeto do tamanho de Marte se colidir com a Terra há 4,5 bilhões de anos, segundo a Nasa. Os detritos dessa colisão passaram a orbitar a Terra e eventualmente se uniram para formar nosso satélite.
5. Inúmeros fatores impedem que seres vivos sobrevivam na Lua.
O sonho de morar na Lua dificilmente vai virar realidade. A atmosfera fina do satélite e a falta de líquido são impeditivos, mas outros fatores dificultam que seres vivos em geral habitem por lá.
As missões da Apollo tiveram vários problemas com poeira, por exemplo —na Lua, essa substância é como um talco e pode causar vários problemas em equipamentos. A variação absurda da temperatura também é outro problema.
6. Lá, um dia dura 13 dias terrestres.
A Lua tem rotações em seu eixo, realizando uma volta inteira a cada 27 dias terrestres. Por isso, um dia em um lado da lua dura cerca de 13 dias e meio na Terra, seguido por um período igual de noite.
7. A Lua tem “luamotos”.
Dados colhidos em 1970 fizeram cientistas descobrir que a Lua tem “luamotos”, semelhantes a terremotos daqui.
Eles são causados por pequenas distorções em todo o planeta causadas por impactos de meteoritos e movimentos termais causados pela expansão da crosta frígida quando iluminada pela primeira vez pelo sol da manhã após duas semanas de noites lunares congelantes.
Além disso, “luamotos” de causas desconhecidas abaixo da superfície podem durar 10 minutos. Na Terra, isso causaria grandes danos – por aqui, a água interrompe terremotos e faz eles durarem poucos minutos.
8. Nossa Lua é a quinta maior do Sistema Solar.
Nada mal, né? Entre as mais de 150 luas orbitando planetas no nosso Sistema Solar, a nossa está em quinto lugar em tamanho. A maior de todas é a Ganymede, que orbita Júpiter.
9. A superfície da Lua está recheada de objetos humanos.
Se você acha que humanos poluem só a Terra, saiba que a Lua também está recheada de detritos deixados por nós.
Na década de 60, além da famosa bandeira norte-americana, os primeiros homens a pisarem lá deixaram uma homenagem honrando a tripulação da fracassada missão da Apollo 1 e uma placa que diz “aqui homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua, em julho de 1969 d.C.. Viemos em paz em nome da humanidade”.
Desde então, astronautas deixaram cerca de 180 mil quilos de materiais na Lua —entre veículos espaciais, estações de subida e descida, e até bola de golfe e um retrato de família.
10. E astronautas trouxeram muitos quilos da Lua para cá.
Se por um lado deixamos muita coisa por lá, os homens que na Lua estiveram também trouxeram bastante coisa para cá. É estimado que no total já removemos cerca de 380 quilos de materiais da Lua —entre 1969 e 1972, a Nasa trouxe 2.200 amostras separadas de diversos materiais, por exemplo.
11. Estados Unidos chegaram antes, mas não são donos de nada.
Os Estados Unidos foram os primeiros a pisarem na Lua, mas isso não dá direito a um território em nosso satélite para a nação, apesar da bandeira lá fincada.
Em 1960, foi criado o Instituto Internacional para Leis Espaciais, que criou um tratado em 1967 proibindo que qualquer nação seja dona de planetas, estrelas ou outros objetos espaciais. O tratado também ordena que as explorações sejam feitas com fins pacíficos.
12. Teremos 228 eclipses lunares neste século.
Eclipses lunares são um dos eventos mais legais para a humanidade acompanhar envolvendo a Lua. Até por isso a Nasa já calculou todos os fenômenos do tipo que ocorrerão até 2100 —e só neste século serão 228.
13. O diâmetro da Lua é quase o tamanho do comprimento da China.
A Lua tem um diâmetro de 3.476 km, enquanto a China possui 3.530 km de diâmetro. Loucura, né?
14. As manchas escuras da lua são chamadas de “maria”.
Aquelas partes mais escuras da Lua têm um nome: “maria”, que no latim significa “mares”. Isso ocorre porque antigamente astrônomos pensavam que esses pontos eram corpos de água no nosso satélite. Agora, sabe-se que são piscinas de lava que se solidificou para formar basalto, que tem a cor mais escura.
15. Uma réplica gigante da Lua viaja o mundo.
O Museu da Lua é uma exibição itinerante feita pelo artista britânico Luke Jerram. E ele conta com uma réplica da Lua de 23 pés que viaja o mundo. A imagem usada para recriar o nosso satélite vem de uma câmera da Nasa. As datas do tour podem ser conferidas no site do museu.
Sonda chinesa divulga imagens inéditas do lado escuro da Lua; veja fotos
1 / 6
O Chang’e 4 pousou na cratera Von Karman da lua no início de 2019
Divulgação/Chang’e 4
2 / 6
O Chang’e 4 pousou na cratera Von Karman da lua no início de 2019
Divulgação/Chang’e 4
3 / 6
O Chang’e 4 pousou na cratera Von Karman da lua no início de 2019
Divulgação/Chang’e 4
4 / 6
O Chang’e 4 pousou na cratera Von Karman da lua no início de 2019
Divulgação/Chang’e 4
5 / 6
O Chang’e 4 pousou na cratera Von Karman da lua no início de 2019
Divulgação/Chang’e 4
6 / 6
O Chang’e 4 pousou na cratera Von Karman da lua no início de 2019